quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Foto-Grafia: Apêndice de 'Foi infinito... Enquanto durou!'

"E mesmo sem te ver, acho até que estou indo bem..."


Pelo menos achei que estivesse indo bem, até alguém das antigas aparecer e perguntar por ele.



'Ei, eu te conheço!! Você foi minha professora!! Você não era tinha alguma coisa com o dono da escola? Já casaram? u lembro bem... Ah, não estão mais juntos? Casaram-se com terceiros? Separaram-se dos terceiros? Hum... Voltaram e não deu tão certo quanto vocês imaginavam... Entendi. Pôxa, sinto muito.'



(Vai chover de novo. Deu na TV que o povo já se cansou de tanto céu desabar...)


É... esse tipo de comentário não é fácil de ser engolido como se fosse uma pílula anticoncepcional (bem pequenininha, não precisa nem de água). Porque situações como essas trazem lembranças incovenientes de todos os planos que nós sonhamos e não realizamos.

(... E pede a um santo daqui que reza ajuda de Deus. Mas nada pode fazer, Se a chuva quer trazer você pra mim...)


Se você deixa de ter alguém ou alguma coisa, sente sua perda e, depois, passado algum tempo, preenche o buraco que ficou em sua vida, a ausência, aos poucos, fica cada vez menor e, afinal, desaparece. Há um sentido na dor.

(...Vem cá que tá me dando uma vontade de chorar... Não faz assim, não vá pra lá, meu coração vai se entregar à tempestade...)


Mas pior do que ter outros lembrando aquilo que você está tentando esquecer, é ter o próprio fantasma te rondando através de emails, telefonemas (não é esse o caso) e mensagens... aí fica soda cáustica! Porque você pára e questiona a sua própria decisão de esquecê-lo... Acho que são esses momentos que fortalecem a vontade de uma mulher.



(...Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu? Me diz? Foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez? Cadê aquela outra mulher? Você me parecia tão bem... A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar. Quem foi que te ensinou a rezar? Que santo vai brigar por você? Que povo aprova o que você fez? Devolve aquela minha TV que eu vou de vez...)



Sabe aquele instante, bem no final de um relacionamento, quando todos os nossos amigos se reúnem em torno de nós e dizem uma porção de coisas aborrecidas, como 'Tem muito homem por aí' e 'Ele jamais a faria feliz'. Bem, quando eles chegam ao trecho sobre 'Com o tempo tudo isso passa', tente lutar contra seu impulso inicial de dar um soco no olho de cada um. Não faça isso, porque é realmente verdade. O único problema com relação à cura com o passar do tempo é que ela demora um bocado. E fazendo uma analogia bem Marian Keyes: 'Relacionamentos frustrados podem ser descritos como muita maquilagem desperdiçada.'



Mas o fato é que o amor não morre de uma hora pra outra. O que morre é o respeito e a admiração que você sentia pela pessoa. E isso faz com que você mude de atitude em relação a ela. E aí, já era... Ninguém pode fazer o amor renascer, depois que este deu seu suspiro final.



(...Não há porque chorar por um amor que ja morreu. Deixa pra lá, eu vou... adeus Meu coração já se cansou de falsidade...)



E, eu sei que quando eu ouvir alguém perguntando por ele, ou ainda alguém dizendo que tudo acontece por um motivo, ou ainda que Deus fecha uma porta, mas sempre abre uma janela, eu vou perceber que não será mais tão difícil assim me refrear e dar-lhe um soco na cara. Na verdade, não será absolutamente difícil.

4 comentários:

  1. "Mas o fato é que o amor não morre de uma hora pra outra. O que morre é o respeito e a admiração que você sentia pela pessoa. E isso faz com que você mude de atitude em relação a ela. E aí, já era... Ninguém pode fazer o amor renascer, depois que este deu seu suspiro final."

    Eu sei perfeitamente o que é que isso, há três anos que eu sei!

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  2. Pois é meu formoso Gerânio!

    Entendo bem como são essas coisas.

    "O amor é uma flor roxa, que nasce do coração do trouxa". O problema na verdade nem é esse, por que verdadeiramente, o amor é a caoisa mais sublime e perfeita que pode brotar em um coração.

    A árdua tarefa está justamente em suportá-lo quando ele adoece.

    Vc leu o "causo" do "advogado que já considerei amigo" (Fiquei pasma com teu comment - pra mim é uma premiação de valor inestimável, simplesmente por vir de vc, que tanto amo e admiro).

    Pois o moço desse "causo" foi meu primeiro tudo, e amei-o com todas minhas forças. Mas esse amor adoeceu gravemente, não resistiu e morreu. Imagina o que já passei em nosso meio: "E fulano, cm vai? Já estão pensando no casório?"

    Realmente pensamos no casório na época (sei que ele não superou, e isso o faz acreditar que eu também não tenha superado, e que quando as feridas cicatrizarem teremos uma nova oportunidade), mas fico satisfeita por não ter ido tão longe, diante das circunstâncias que embrenhamos. E reconheço que nem isso posso afirmar, pois só saberia o que aconteceria no casamento, se o próprio casamento tivesse acontecido.

    O que quero dizer com isso é que não se apoquente, pois não são neuras exclusivamente tuas, minha amada flor.

    Somos mulheres. Lindas, complicadas e pefeitas. Simples assim!

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  3. Tá...

    Escrevinhei caoisas e pefeitas.

    Culpa da tendinite, que deixou meus dedinhos endurecidos. kkkk

    Errata: COISAS e PERFEITAS.

    Bjoks!

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  4. Tem gente que não sabe o que está perdendo... E gente que não percebe q as vezes o amor pode estar do seu lado.

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Obrigada pela confissão! Volte sempre! Juliana Fernandes