segunda-feira, 31 de maio de 2010

Tenho Dito: Instantes Mágicos


Já falei tantas vezes e para tantas pessoas sobre aquilo que chamo de ‘instantes mágicos’. O momento do dia em que um ‘sim’ ou um ‘não’ podem mudar toda nossa existência... Meu pai e Paulo Coelho me ajudaram a dar forma à essa idéia... De tanto falar, acabei meio que construindo um discurso sobre isso. Quis escrever esse post para que pessoas o possam tê-lo como um encorajador em momentos difíceis, em que escolhas difíceis devem ser feitas. E também para que EU não esqueça de prestar atenção ao meu dia e saiba reconhecer meus ‘instantes mágicos’! Há quem vai achar o texto utópico, blá-blá-blá esotérico, outros o acharão piegas, mas nossas crenças são únicas, e por isso merecem respeito... Porque só Deus sabe o quanto custa a cada pessoa acreditar.


É preciso correr riscos. Só entendemos direito o milagre da vida quando deixamos que o inesperado aconteça. Todos os dias, Deus nos dá – junto com o sol – um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. Todos os dias procuramos fingir que não percebemos esse momento, que ele não existe, que hoje é igual a ontem e será igual a amanhã. Mas, quem presta atenção ao seu dia, descobre o instante mágico. Ele pode estar escondido na hora em que enfiamos a chave na porta pela manhã, no instante de silêncio logo após o jantar, nas mil e uma coisas que nos parecem iguais. Este momento existe – um momento em que toda a força das estrelas passa por nós, e nos permite fazer milagres.


A felicidade às vezes é uma bênção, mas geralmente é uma conquista. O instante mágico do dia nos ajuda a mudar, nos faz ir em busca de nossos sonhos. Vamos sofrer, vamos ter momentos difíceis, vamos enfrentar muitas desilusões – mas tudo é passageiro e não deixa marcas. E, no futuro, podemos olhar pra trás com orgulho e fé.


Pobre de quem teve medo de correr riscos. Porque este talvez não se decepcione nunca, nem tenha desilusões, nem sofra como aqueles que têm um sonho a seguir. Mas quando olhar pra trás – porque sempre olhamos pra trás – vai escutar seu coração dizendo: “O que fizeste c os milagres que Deus semeou por teus dias? O que fizeste com os talentos que teu Mestre te confiou? Enterraste tudo no fundo de uma cova porque tinhas medo de perdê-los. Então, esta é a tua herança: a certeza de que desperdiçaste tua vida.”


Pobre de quem escuta essas palavras. Porque então acreditará em milagres, mas os instantes mágicos da vida já terão passado.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Bate-Bola: Quando alguém parte, é porque outro alguém vai chegar



Mais um diálogo digno de transcrição. Assim como o bate-bola anterior, esse diálogo foi editado, mas sem alterações na essência. Conversa solta, despretenciosa, informal, e que me fez rir muito... acho que era o que eu precisava no momento, mesmo não sendo capaz de fazer - ainda - o que me foi proposto. But I'll get over it... just can't say when!
But I have to confess... I like single-minded people... the ones who are like this in a nice way, without being annoying... I kinda appreciate that!


May 25th/2010


Juliana:
Se quere fosse poder, eu seria uma lagartixa!

Querer é poder:
Então, eu seria um lagartixo. Já que Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. Qual o endereço na entrega?

Juliana:
Entrega? Tá falando do q, menino?

Querer é poder:
O endereço do teu coração. Eu sei q ele não tá CAPS LOCK, mas tbm sei q se eu não bater, ele não abrirá.

Juliana: Mas eu já te disse - inúmeras vezes - q ele tá fechado. Não vai abrir!

Querer é poder: Sabe qual era meu apelido em MG?

Juliana: Não

Querer é poder:
Chaveiro! Lol

Juliana:
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...

Querer é poder:
Qual é o endereço?

Juliana: Menino, tô começando a achar q tu não sabes ler, ou q não entendes português direito.

Querer é poder:
Certas coisas não leio mesmo. Minha vista embaça. Principalmente se a resposta for negativa.

Juliana:
E sempre consegues o q queres?

Querer é poder:
Se depender só de mim, sim. Por isso q nesse caso, querer é poder. Agora, se depender de outras pessoas, fica um pouco mais difícil. Achar o caminho para um coração não é fácil... demora um pouco.

Juliana: Sei bem o q é isso... mas nesse caso, não é caminho... é um labirinto

Querer é poder: Sabe qual é meu apelido aqui no Rio? Dédalo!

Juliana: Kkkkkkkkk... Putz... essa foi a melhor da noite! Afffffff.....

Querer é poder: Desiste das recusas??? Eu não vou desistir de vc...

(to be continued)



May 29th/2010

Querer é poder: (...) Vivo te perturbando, né? Só pra vc ver o quanto vale a pena p mim. Por isso q fico te perturbando a paciência.


Juliana: Not really. Acho engraçado, só isso... Além do mais, sou professora... faz parte do meu trabalho ser paciente. Jajajaja


Juliana: (...) Cara, tu és muito doido!


Querer é poder: Por vc, com certeza.


Juliana: Fala sério. Isso é impossível, Querer é poder. Quantos anos tu achas q eu tenho pra acreditar nisso? 15?


Querer é poder: Pq impossível? Vc só precisa me dar a chance de provar...


Juliana: Além do mais, somos o oposto um do outro.


Querer é poder: Quem disse q somos opostos? Vc foi feita p mim e nem percebe. Vc é um avião e eu piloto. Vc é uma sereia e eu pescador. Tudooooo a ver!


Juliana: Putz... essa é Piropo do Trolha demais!!! Kkkkkkkkkk – Melhor do q a da sopa!!! Depois dessa vou dormir.


Querer é poder: A frase que vc mais fala p mim é ‘Fala sério’. A minha é ‘Eu não vou desistir de vc.’ Tem coisas na vida pelas quais vale a pena lutar até o fim. Vc é uma delas. Sou paciente. Essa paixonite sua pelo Coala vai passar... amores impossíveis não são muito resistentes. E qdo passar, vc vai me enxergar como alguém além de uma boa e divertida Cia. Eu tenho certeza disso.


Juliana: Hahahaha... tu não desistes, né??? Amores impossíveis podem até não ser resistentes… Mas amores correspondidos tbm não.

Querer é poder: No meu caso é uma questão de tempo. Não uma impossibilidade.


Juliana: (...)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Foto-grafia: Eu nunca vou esquecer!


Ultimamente não tenho tido tempo e nem inspiração suficiente para escrever. Que bom que nunca tive meu humilde blog como uma obrigação e sim, como um lugar onde eu possa refletir - através da escrita - coisas que acontecem comigo. Mas mesmo depois de tanto tempo sem escrever, minha cabeça – como sempre – estava fervilhando de idéias, mas meus dedinhos andavam tão preguiçosos...


Ontem, assistindo o casamento do Miguel e da Luciana, me emocionei várias vezes e chorei (bem Susannah, do Espen Lind*) algumas vezes. Chorei porque as cenas foram lindas, a cerimônia e a mensagem foram tocantes, e principalmente porque o Miguel é decididamente, marido de novela: lindo, educado, gentil, bem humorado e mesmo sendo completamente irreal, todas o queriam ter. Chorei porque acredito no amor. Chorei por estar vivendo um amor cada vez mais impossível. Chorei porque não consigo ser racional (eu sei, eu sei... até cachorro aprende, mas a Julinha é uma lagartixa!). Chorei de saudade.


O que torna uma pessoa inesquecível? O fato de você lembrar dela o tempo inteiro ou o fato de você não esquecê-la por um segundo sequer? ‘Inesquecível’ é pra sempre? Esses são meus questionamentos. Hoje não sei se posso respondê-los com precisão, mas sei que há coisas que jamais vou esquecer. E sem precisar ler esse post futuramente. Mas gostaria que você, Coala, mais cedo ou mais tarde, quando ler isso, fique sabendo de algumas dessas coisas.


Jamais vou me esquecer da primeira vez que ficamos juntos. Nem da minha saia xadrez Burberry. Nem da peça 'Véu de Noiva' - que na época não entendi bulhufas de nada. Nem da vez que você tirou sua cueca no restaurante para que eu pudesse vestir, já eu não poderia fazer uma oferenda para Iemanjá vestida de preto! Nem da maneira como você sorri com a boca e com os olhos. Nem do biscoito Globo que eu comia no RJ. Nem das nossas experiências extra-corpóreas . Nem dos cogumelos que tornaram tudo que vivemos possível. Nem de quando você se emocionou quando eu disse que você era como uma imagem em cores vibrantes num mundo em preto e branco. Nem do Temaki Lounge. Nem da Estrada do Turismo. Nem dos nossos emails tentando agir como pessoas racionais e deixando a emoção nos guiar logo depois. Nem do meu primeiro beijo na chuva. Nem da vez que saí sozinha e você foi correndo me resgatar. Nem das músicas que você me apresentou. Nem do dia em que você confundiu Chico César com Gilberto Gil! Nem do balanço da Beth. Nem da emoção que senti quando peguei a Duda nos braços pela primeira vez. Nem das velas que você colocou em casa depois da nossa primeira ‘briga’ para criar um clima romântico e eu, Ogra como sou, perguntei se elas estavam acesas porque havia faltado luz na tua casa! Nem Baile do Hawaii desse ano. Nem do meu porre homérico no teu jardim que fez com que eu dormisse agarrada ao vaso sanitário porque não parava de vomitar. Nem das nossas conchinhas e da maneira como tua perna repousava sobre meu corpo. Nem das risadas e das conversas sempre sinceras e verdadeiras com você. Nem da música ‘Plush’ do Stone Temple Pilots. Nem da força que você me deu quando eu precisei. Nem do título que você me ajudou a criar para minha apresentação na Argentina. Nem do primeiro bilhete escrito que você me deu, junto com a sacola de filmes. Nem dos intervalos dos filmes que assistimos. Nem de como você aumentou minha compreensão do mundo e fez com que eu tocasse na parte mais brilhante de mim mesma. Nem do meu primeiro cachorro. Nem do segundo bilhete – esse com letra cursiva! Nem de quando você disse que eu era mais bonita que minha amiga que eu acho lindaaaaaa! Nem do dia em que me explicaste que cogumelos não eram plantas! Nem do jantar de despedida da Marta, que você esteve virtualmente presente comigo. Nem da vez que fui ao restaurante pedir o jogo de louças japonesas emprestado para fazer o jantar japonês pra ti. Nem do pior bolinho de bacalhau que já comi, vendido em unidade num boteco. Nem de como sempre me senti espiritualmente e intelectualmente livre contigo. Nem do dia em que o Todd chegou pelo correio. Nem da nossa primeira rolha de vinho juntos. Nem do post sobre o Nelson Rodrigues. Nem de quando disseste a primeira vez que estava apaixonado. Nem da primeira vez que me chamaste de ‘mané’. Nem de todas as vezes que você disse que éramos diferentes. Nem do telefone do 007. Nem da primeira música que downlodei sozinha e fui toda orgulhosa te contar. Nem da vez em que você disse que eu não precisava ser a musa inspiradora do Vinícius de Moraes porque já era de outra pessoa. Nem da maneira como tu falas espanhol. Nem do teu jeito falando óóóóóó...


Ah, são tantas coisas... Acho que eu precisaria de várias páginas pra citar tudo. Hoje não sei direito como estás, mas saibas que no dia de hoje, meus belos sentimentos - sim, pois apesar de maluca e surtadinha sou uma pessoa do bem, hehehehehhehe - estão voltados pra ti.


Saudade


“Saudade palavra doce,
Retrata-nos tanto amargor
Saudade é como se fosse espinho cheirando a flor
É uma palavra breve,
Mas tão longa de sentir
E a gente que a escreve tem,
que saber traduzir.
Um desejo de estar perto de quem longe está de nós,

Um ‘ai’ que não sei ao certo
Se é um suspiro ou se é uma voz
Um sorriso de tristeza, um soluço de alegria,
Suplício da incerteza, esperança que alivia.
Saudade é suspiro é ânsia, vontade da gente ver
A quem nos vê a distância com olhos de bem querer.
A saudade é calculada por algarismos também
Distância multiplicada pelo fator querer bem
Saudade é tristeza, é tédio que enche os olhos de ardor.
Saudade é dor que é remédio
Remédio que aumenta a dor
A palavra é bem pequena
Mas diz tanto de uma vez
Por ela valeu a pena
Inventar-se o português.”


N.R.: Espen Lind escreveu uma música linda chamada ‘When Susannah cries’ e é algo assim: “When Susannah cries, she cries a rainstorm, she cries a river, she cries a hole in the ground, she cries for love, she cries a sad song, she cries a shiver, sometimes she cries for me too (...)”.