sábado, 12 de dezembro de 2009

Foto-grafia: O que é que eu vou dizer para o meu corpo?



Depois de um longo e escaldante verão, estou de volta... Infelizmente, não como a pessoa mais feliz do mundo, e nem com maravilhas pra contar, mas sendo fiel à minha natureza. Há pouco tempo, li um post sobre a essência da natureza humana no blog do Edu. Nesse post, ele descrevia a natureza dele: entregar-se às paixões e, se necessário, sofrer por elas, mas vivê-las intensamente. Identificação imediata! Bingo!


Mas o que fazer quando estamos passando justamente pela fase do sofrimento por uma paixão? O que fazer quando a razão subjugou a natureza e decidiu que pelo menos dessa vez, não deveria haver um sofrimento mais profundo quando a paixão se torrnasse incontrolável e não fosse mais possível vivê-las por conta de fatores alheios à minha vontade? Porque especificamente nesse caso, a paixão não acabou... Eu só resolvi contrariar minha essência e ‘tirar meu time de campo’ antes que ela me dominasse por completo.


O que fazer nesse momento? A única coisa que consigo pensar é curtir a fossa – que vai acontecer, lógico, mas que um dia vai passar – ouvindo muita música brega. Porque, minha gente, para momentos como esse, nada melhor que ouvir John Denver, Wando, Kleiton&Kledir, Almir, Ana Carolina, Johnny Rivers e coisas do gênero. Devo CONFESSAR que aprecio todos eles. Alguns não conheço muito, mas gosto do pouco que conheço.


Juntamos isso a um vinho, àquela vontade de não sair de casa e pensar em se giletar (!) – “Não quero ficar na sua vida, como uma paixão mal resolvida, dessas que a gente tem ciúmes, que se encharca de perfume, faz que tenta se matar...” (Kleiton&Kledir)- e muitas sessões de filminhos água-com-açúcar pra chorar até não poder mais...


Muito bem, tia Julinha... Como você é sábia! Mas me explica uma coisa: depois disso tudo, eu terei que ir pra cama, e quando esse momento chegar, o que eu vou dizer para o meu corpo? É, porque ontem, na despedida, falamos sobre necessidades físicas e psicológicas. Eu disse que suprir meu psicológico era até mais importante que suprir meu físico. Afirmei isso toda dona da verdade como às vezes me julgo ser. Mas será que é assim que as coisas funcionam no caso de uma paixão avassaladora? Acho que nesse caso específico, eu posso até convencer minha cabeça, mas o que eu digo para o meu corpo?


Razões eu tenho demais pra deixá-lo partir pra sempre, mas não consigo, então encontrei o que talvez seja a melhor solução: fugir! Mas não há nada mais difícil do que fugir de uma paixão. Talvez até consiga me enganar, mas como enganar meu coração? Ele é bobo, mas não é burro!


Razões eu tenho demais pra deixá-lo partir pra sempre, mas só a sensação de perder aquele a quem eu nunca tive e nunca terei, nesse momento me apavora. Mas eu sei que isso vai passar, e quem sabe eu possa me recuperar tentando um outro amor no lugar dele... mas novamente: O que é que eu vou fazer? O que é que eu vou dizer para o meu corpo? Que está se sentindo vazio e quase morto pois tornou-se tão dependente dele?


Razão, razões, emoção, corpo, eu, ele, o nós que não houve e nem haverá, fossa, paixão... Vou curtir isso tudo no meu tempo... e sei que isso tudo vai passar e que eu vou ficar bem, mas enquanto isso, dá-lhe Wando!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Music Time: (I've got you) Under my skin


Você já sentiu antes a sensação de ter alguém sob a sua pele? Aquela sensação de que a pessoa te impregna, te inebria, que deixou a sua marca em você e por mais que você se esforce, tome banho, esfregue bem, ela não sai de lá?

Sabe como é sensação de pensar em alguém até mesmo quando você quer esquecer a pessoa? Parece até que a presença, o espírito, o cheiro, o gosto dessa pessoa ficou tatuado na sua mente, no seu corpo, no seu coração e... Na sua pele.

Meu amigo Frank (o Sinatra, lembra) conhecia muito bem essa sensação quando gravou a música (I’ve got you) Under my skin. O Bono também. E hoje eu sei exatamente o que é ter uma pessoa sob a sua pele.



"I’ve got you under my skin
I’ve got you deep in the heart of me
So deep in my heart, that you’re really a part of me
I’ve got you under my skin

I’VE TRIED NOT TO GIVE IN
I’VE SAID TO MYSELF THIS AFFAIR NEVER WILL GO SO WELL

But why should I try to resist, when baby will I know damn well
That I’ve got you under my skin

I’d sacrifice anything come what might
For the sake of having you near
IN SPITE OF A WARNING VOICE THAT COMES IN THE NIGHT

AND REPEATS AND SHOUTS IN MY EAR:

DON’T YOU KNOW, YOU FOOL, YOU NEVER CAN WIN

USE YOUR MENTALITY, WAKE UP TO REALITY

BUT EACH TIME I DO, JUST THE THOUGHT OF YOU MAKES ME STOP BEFORE I BEGIN
‘Cause I’ve got you under my skin

And I love you under my skin…"

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Movie Club: Watchmen


Who will save us now?


Desde criança sou fascinada por heróis de histórias em quadrinhos. Mas eu gosto mesmo daqueles que não fazem o gênero perfeitinho. Gosto dos heróis mais reais, que sofrem angústias, que têm problemas com a consciência, com dúvidas na hora na escolha e que nem sempre conseguem claramente distinguir o certo do errado.



Meu maior sonho de infância era ser ninja. Quando perguntavam aos meus primos e coleguinhas de escola o que eles queriam ser quando crescessem, havia sempre um médico, um advogado, uma bailarina, um lixeiro, uma aeromoça, um veterinário... Quando a pergunta era direcionada a mim, eu nem pestanejava: NINJA! Eu quero ser ninja quando crescer!


Nunca quis ser a Mulher Maravilha (apesar de hoje sê-la), nem a Bat-girl, nem a She-Ha. Minhas heroínas de infância eram a ninja Elektra Natchios – cujo nome dei à minha Barbie – e Bêlit - também tive uma Barbie com esse nome - a pirata de Conan, o bárbaro. Eram elas que me povoavam a imaginação, que me faziam delirar com suas aventuras e eram os modelos de tudo que eu queria ser quando crescesse: com as qualidades e os defeitos!


Acho que desde essa época comecei a ler histórias em quadrinhos e graphic novels da Marvel e DC Comics. Conseqüentemente, sou presente cativa em todos os filmes baseados em quadrinhos e em graphic novels e hoje resolvi escrever sobre um filme em especial: Watchmen, cujo filme é a transcrição quase perfeita dos quadrinhos originais para as telas. Ainda não tinha visto algo parecido como o trabalho realizado aqui por Zac Snyder (300), portanto, esqueçam a palavra ‘adaptação’ e pensem em ‘transcrição’.


Apesar de ter um elenco onde eu não conhecia a maioria dos atores, mas que conseguiu me cativar a satisfazer a minha imaginação. Mesmo os atores não sendo muito populares entre a grande massa, a despeito de algumas críticas, eu achei as interpretações no mínimo, muito boas. A trilha sonora é fantástica, com The Sound of Silence (música belíssima); The Times They Are A-changin’, de Bob Dylan; All Along the Watchtower, de Jimi Hendrix; e Hallelujah de Leonard Cohen foram escolhas incríveis! Mas minha intenção não é dissertar sobre a produção ou a parte técnica do filme (que a mim, pareceu perfeita) e sim sobre a mensagem que ele passa. Como já disse acima, heróis muito certinhos não fazem meu gênero, e o ápice do filme para mim é sua brilhante desconstrução da mitologia dos super-heróis, apresentando-os não necessariamente como protetores da paz e do bem-estar da humanidade, mas como seres até certo ponto egoístas, com seus próprios motivos e razões para desempenharem tal papel.


Esse filme já foi apresentado no Movie Club (Clube de Cinema que acontece no ICBEU), foi um dos temas para um dos meus Coffee Talks (Aulas de conversação abertas à comunidade) e ontem resolvi assisti-lo novamente e assim como a primeira vez, tudo que consegui pensar quando o filme terminou foi: Uau!!! Do caráááiiii véééiiii!!!!


Eu não sei quanto a vocês, mas eu ainda preciso de heróis na min

ha vida! Eu preciso da fantasia de que há alguém que pode nos salvar em caso de holocaustos, guerras nucleares e tragédias afins.


O filme tem algo que vai além da fantasia e da ação. É uma boa

maneira de refletir sobre como nossa visão anda desiludida em relação ao mundo e à natureza humana. Essas reflexões, vindas em grande parte das divagações de Manhattan e do ódio de Rorschach, são inseridas de forma orgânica à trama. Ao mesmo tempo, o final abraça um toque de esperança, ainda que esta venha de uma bem-vinda reflexão que leva à derradeira questão: os fins justificam os meios? Essa foi uma das questões que eu abordei na aula de conversação pra estimular o pensamento

crítico dos alunos. Será que os fins realmente justificam os meios? Bem, assim como o Dr. Manhattan, eu acho que não. Porque não acredito em fins. Só em meios. Eu sei que isso pode gerar uma certa divergência entre os leitores. São tantos, com as mais diversas maneiras de pensar e opinar, que fica absolutamente impossível almejar uma unanimidade. O mesmo post pode provocar uma gama de contradições: uns vão te amar, outros te tolerar, alguns te odiar e outros vão te esculachar. Nesse caso, alguns vão dizer que o filme não é tão bom e que eu estou completamente equivocada ao pensar assim. Outros, vão compartilhar da minha opinião. Mas isso é bom. Sem divergências, nada evolui – nem o pensamento, nem o país!



P.S.: Vale a pena destacar o coadjuvante – mas muito presente – pênis azul do Dr. Manhattan. Gostaria de saber se eu fui a única a imaginá-lo quando o tal doutor assumia a sua forma gigante... :-)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Honras: Martha MARAVILHOSA Medeiros


O que falar de Martha Medeiros?

Bem, hoje posso dizer que são Khalil Gibran, Marian Keyes e Martha (Maravilhosa) Medeiros que me apontam a direção na minha estrada de vida. Depois dos meus amigos, é pra eles que corro quando preciso de conselhos ou entender algo. E eles, com muita boa vontade me acolhem e me indicam o caminho.

Conheci a Martha através de Marcelo Pires & Letícia Wierzchowski, aliás, foi ela quem apresentou os dois (literariamente falando) e deu início a um caso de amor insólito que resultou em casamento. Esse fato isolado já seria o suficiente para eu - como romântica incorrigível que sou - ser fã dela. Mas a partir disso que busquei conhecer seu trabalho e de lá pra cá, virei uma Marthaholic.

Adoro seus poemas, romances, mas principalmente suas crônicas. Elas me tocam o coração, me fazem refletir sobre a vida, me fazem querer ser uma pessoa melhor. Acho que ninguém entende melhor do que a Martha minhas neuroses, minhas alegrias, minhas desilusões, meus dramas, minhas conquistas, minhas frustações, meus prazeres... enfim, meu cotidiano . Inúmeras vezes após ler uma de suas crônicas, penso: 'Nossa! Essa crônica foi feita pra mim!" Eu consigo me visualizar como protagonista da maioria delas.

Hoje, além de todo prazer literário que Martha me proporciona, quero aproveitar para agradecer a oportunidade de ter conhecido - através dela também - pessoas maravilhosas e que hoje fazem parte da minha vida e têm um cantinho especial no meu coração. Algumas delas também são escritores incríveis, mas que escrevem de forma mais informal, em blogs assim como eu. São eles: Eduardo Caldeira (de quem sou fã incodicional. Adoro o estilo dele e os tópicos sobre os quais ele escreve - Pensamento em Gotas); Juliana Fuzetto (além de linda, de ter um nome lindo, possui uma sensibilidade incrível ao escrever poemas - Um lugar ao sol, perto do vento), Letícia Corrêa (com um blog também MARA - Filosofia de Botequim); Paulinho, Iracema, Karen, Edna, Marcos, Paulo César, Tamara, Mônica, Dri, Lu, Ana Paula - todas essas pessoas partilham comigo a admiração pela Martha. Admiração essa que nos aproximou e faz de nós hoje uma pequena família.

Agora, me diz se você não concorda comigo: ela pode ou não ser chamada de Martha MARAVILHOSA Medeiros?





sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Diário de Bordo: Alter do Chão - Um pedaço do paraíso!

Há muitos lugares lindos que já visitei. Uns guardo na memória com muito carinho. Outros, não vejo a hora de voltar lá. Acho que sou do mundo. A idéia de vida perfeita pra mim seria viajar e conhecer todos os lugares dos quais ouvi falar, que li em livros e vi em filmes. Junte a isso uma ótima companhia e pé na estrada.

No último feriado resolvi conhecer Alter do Chão. Uma ilha no estado do Pará, que recentemente recebeu a ilustre visita do princípe Charles e de sua Camilla. E também foi eleita como uma das praias de rio mais lindas do planeta.

Realmente, o lugar é fabuloso! Saindo de Manaus, 55 minutos de vôo até (ainda vou me acostumar a escrever 'voo') Santarém e depois 45 minutos de carro até a ilha. Que vergonha admitir que há um lugar tão lindo, praticamente ao meu lado e eu demorei tanto pra conhecer.

Fui com minha amiga Sonia Prego, que é a portuguesa mais gira e fixe que eu conheço, além de ser uma ótima companheira de viagem: divertida, super alto-astral, nem um pouco fresca e aventureira. Melhor que isso, só o Coala, né????

Chegamos lá às 6:30 da manhã, tomamos café, descansamos um pouco e fomos à praia. As opções de praia são inúmeras, mas como estávamos em retiro espiritual, resolvemos ficar em praias mais isoladas, sem muita agitação e quase desertas, onde poderiamos descansar da nossa intensa rotina de trabalho.


O hotel em que nos hospedamos (Belo Alter), além de lindo, com uma atmosfera bucólica, conta com um serviço excepcional. Louros devidos ao Cleber, nosso garçom favorito que todos os dias preparava nosso kit praia: cerpinhas (lógicooooooo - adooooooroooo), porções de frutas tropicais, água e muitos tomates e depois se encarregava de nos arranjar um condutor para as praias. O hotel tem uma praia particular, mas sempre contávamos com a ajuda de um catraeiro (nome dado aos condutores de barco) para irmos às praias de nossa preferência.

Passávamos o dia inteiro naquela vidinha mais ou menos: sol, praia, comida, bebida, boa conversa, risadas, água doce com ondas, peixinhos à vista e um visual de se apaixonar. É simplesmente imposível não ser feliz num lugar assim.

No fim da tarde voltávamos ao hotel, ficavámos um tempo na piscina com suco de laranja e misto quente (de vez em quando checando nossos respectivos facebooks via mobile) e depois iámos p o quarto tomar uma ducha e sair pra jantar.

Jantávamos quase sempre na vila - salvo uma vez que decidimos jantar no hotel - onde encontramos um restaurante caseiro e super simpático. Depois da primeira noite, comíamos sempre a mesma coisa: pirarucu com molho de camarão, salada de tomates e suco de frutas. E nossa conta nunca ultrapassou R$ 30,00. Depois, saíamos para um passeio a pé pela vila pra fazer a digestão e depois voltávamos ao hotel.

Essa foi a nossa rotina diária. Só não mencionei os momentos de prazer que tive ao receber as mensagens de um certo Coala que eu gostaria que estivesse ali, fisicamente comigo, mas cuja presença não me saia da mente um só momento. De alguma forma, ele também foi meu companheiro de viagem e quem sabe um dia nós não voltamos lá juntos??? O ambiente seria perfeito.

Registro também a falta das minhas amigas Luluzinhas que por motivos diferentes não puderam ir conosco: Sue, Mércia, Marta, Stela e meu querido BFF Duanes. Maybe next time!

Bom, se vocês tiverem a oportunidade de conhecer, garanto que vale a pena. Eu já estou me agendando para a próxima vez!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Foto-Grafia: Suspiros...


Estou passando por uma montanha russa de emoções e sentimentos. Todos muito contraditórios, controversos e que me fazem pensar na minha vida, nos meus atos, no que eu quero e me fazem por vezes ficar sem dormir.

Nunca estive numa situação parecida com a que me encontro agora. Querendo não querer. Sabendo que não deveria querer. Ciente de todo sofrimento que esse querer pode (ou não) me trazer. Simplesmente pelo fato de que não consigo pensar em longo prazo. O que está acontecendo agora é maravilhoso e tem tendência a ficar melhor com o tempo. Por que eu não consigo pensar que isso é perigoso demais e que não vai ser bom pra mim? Simples: Porque sou uma mulher. E como mulheres não têm um pinto, elas pensam com o coração!

O que eu queria querer na verdade era ter um cérebro Watson que dominasse meu coração. A razão do meu querer me disse que talvez fossemos mais felizes se não pensássemos tanto. Tendo a concordar. Mas o que fazer quando sua anatomia é louca e você é só coração?

Essa montanha-russa de emoções me fez triste e solitária ontem. Mas hoje estou alegre e de bem com a vida, achando o dia lindo e com um pensamento otimista de que eu vou conseguir controlar o que estou sentindo. Vamos dando risada porque a vida nos chama e não dá pra parar para chorar!

Ontem depois de meia garrafa do meu fiel companheiro de momentos bons e ruins (Salve Adriano Ramos Pinto!) e de ouvir 234 vezes o novo CD da Ana Carolina (Nove) e de muito refletir, cheguei à conclusão de que – quem estiver lendo e conseguir entender, por favor, me explique, porque eu concluí... Mas não entendi! – que eu não quero o que eu quero. E eu quero o que eu não quero. É... A Julinha é meio dodói...

Hoje conversamos sobre músicas que fazem sentido e ele comentou que tem buscado músicas que façam sentido pra ele, mas não as encontra... Nossa! Eu consigo ver sentido em tudo. Acho que porque muito do que vivo me faz pensar nele. Ele é aquele homem escondido nas letras de várias canções. E daqui de onde estou, consigo visualizar o homem que ele é e o homem que ele quer ser! Kahlil Gibran já dizia que há coisas que só podem ser vistas à distância. Mas já que eu não consigo dizer, só me resta escrever cartas com o olhar.

O que eu queria querer era conseguir me esconder pra não ter que ouvi-lo dizer coisas que eu não quero ouvir. Escolher entre ele e eu. Mas o problema é que escolhi o pior lugar pra me esconder: me tranquei por dentro dele e não sei mais sair. Pela rua penso em nele. Volto em casa, penso nele. No trabalho sem querer, quando vejo, tô pensando nele! E assim, a única conclusão a que chego é que eu nunca sei enganar meu coração. Por isso escrevo essas frases soltas pelo chão, esperando ele dormir pra poder jurar minha paixão.


Much Ado About Nothing Act 2, scene 3, 62–69 - Será????

Música que faz sentido: CD 'Nove' de Ana Carolina

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tenho dito: Domigo Produtivo & SAPATOS!!!!


Meu domingo foi super-hiper-mega produtivo. Fato insólito, afinal depois de uma semana árdua de trabalho e um sábado à noite geralmente 'out', eu prefiro pssar o domingo me recuperando. Nada a produzir... Nem o ócio criativo se manifesta em mim aos domingos.

Bom, a semana foi árdua. Escureci o cabelo. Tive crises de humor e de choro. Senti falta de pessoas, fiquei chateada com algumas, quis matar outras, mas tive alegrias e paz provenientes de outras mais. O sábado foi agitado. Trabalho durante o dia, o último capítulo da novela, dúvidas sobre para onde ir, e decidindo ir para casa (leia-se BOTEQUIM) com Mauro, Thiago, Sonia, Marta, Fabien & Alessandro - e sentir falta dos amigos habituais: Summer, Álvaro, Thiago, Afonso, Naila, Júnior e o Coala lógico, que eu achava que iria aparecer a qualquer momento e tornar minha noite mais feliz. Não rolou.

Anyway... chegou o domingo. Saí da cama tarde, café da manhã no Tapiri com Sonia e Marta. Chuva o dia inteiro. Trabalho na fazenda. Conversa com quem me interessa. Móveis fora de lugar há coisa de duas semanas...

Vamos aos móveis: Comprei o sonho de consumo de muitas mulheres - Duas sapateiras em Imbuía, alumínio escovado e portas de vidro para 60 pares de sapato cada. Tô longe de ter 120 pares (mas já passei da metade - hehehe), mas sentia falta de um lugar para acomodar meus filhotes (apesar de antes eles morarem em caixinhas brancas, individuais e etiquetadas - TOC) e admirá-los. Acho que 8 entre 10 mulheres têm essa paixão por sapatos. A Stelinha (que compartilha da minha paixao), sabia do meu drama e compadecia-se dele.

Os móveis (plural porque também há as duas cômodas no mesmo estilo mas que não sou protagonistas desse post) foram montados no quarto errado... Droga!!! Como fazer com duas sapateiras gigantes, que não passavam na porta e com meus sapatos espalhados, já despejados de suas casas anteriores com a promessa de melhoria de vida??? Ai, que falta me faz um homem em casa...

Eis que surge uma visita inesperada: Marcos e Gi. Bem, além do Marcos ser uma das pessoas mais solícitas que conheço, ele é também engenheiro e eu não sei porque, mas sempre achei que engenheiros são bons problem solvers. Quando ele viu o meu pesar, decidiu me ajudar a mudar os móveis de quarto sem desmontá-los. Depois de quase três horas, afasta daqui, arrasta daqui esforço hérculeo dele, meu e da Gi, conseguimos organizar as coisas.

Depois que eles sairam, comecei a transferência dos sapatos e das bolsas... Mais duas horas contando com a parte da limpeza. Mas o resultado foi extremamente gratificante. É lindo poder dormir olhando para meus filhos arrumadinhos e felizes... Alguns podem achar isso muito fútil, mas eu também tenho direito a prazeres de DIVA, afinal, nasci mulher... Essa é minha prerrogativa.

Cansaço. Satisfação. Pernas doídas. Sorriso no rosto e o pensamento nele embalaram meus sonhos!