quinta-feira, 30 de julho de 2009

Music Time: Get Off - Prince

(I just LOVE this song...)
Get Off


Club Mix...

How can I put this in a way so as not 2 offend or unnerve?

But there's a rumor goin' all around that u ain't been gettin' served
They say that u ain't "u know what" in, baby, who knows how long
It's hard 4 me 2 say what's right when all I wanna do is wrong


Gett off!!! 123 positions in a one night stand

Gett off!!! I'll only call U after if U say I can

Gett off!!! Let a woman be a woman and a man be a man

Gett off!!! If U want 2, baby, here I am (Here I am)


I clocked the jizz from a friend of yours named Vanessa Bet (Bet)

She said U told her a fantasy that got her all wet (Wet)

Something about a little box with a mirror and a tongue inside (Yeah)

What she told me then got me so hot, I knew that we could slide (Ooh)


Gett off!!! 123 positions in a one night stand
Gett off!!! I'll only call U after if U say I can

Gett off!!! Let a woman be a woman and a man be a man

Gett off!!! If U want 2, baby, here I am (Here I am)



(Hahaha... Do you remember Holly singing it at a karaoke club??? It was hilarious!!! - Check out the video - Sometimes I think Prince wrote this song for me...hahaha... but with a hubby like that, who'd care about 'pagar um micão', né???? I wouldn't... he is sooooooo hot!!!! )

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tenho Dito: Sozinha da Silva... Hoje em dia???? I-M-P-O-S-S-Í-V-E-L!!!!

É a necessidade ou um impulso natural o que faz com que uma pessoa bote o pé na estrada - que sussura em seus ouvidos que é hora de levantar âncora e buscar novos horizontes apenas para descobrir o que existe lá do outro lado? A vontade de viajar - de abrir nossa mente e ir além daquilo a que estamos habituados - é tão velha quanto a própria humanidade. Santo Agostinho dizia: "O mundo é um livro, e os que não viajam acabam lendo só uma página." Não importa se estamos partindo para férias em Presidente Figueiredo ou para um lugar extremamente exótico: viajar nos transforma - às vezes de modo superficial, às vezes de maneira profunda. É como uma sala de aula sem paredes.

Acho que todos somos mais arrojados e temerários quando somos adolescentes. Desejamos viver experiências radicais, provar de coisas novas, não ter a obrigação de dar satisfações a ninguém, de sair por aí - sem lenço e sem documento - desbravando o mundo. Eu já fui bem mais assim do que sou hoje. Já tive meus dias de Indiana Jones, onde qualquer viagenzinha para Itacoatiara era sinônimo de aventura. Hoje estou bem mais comedida que antes, mas ainda tenho um pouco de 'exploradora do mundo' na veia. Há alguns meses, eu li uma crônica de Danuza Leão para a revista Cláudia, e nessa crônica ela falava sobre Paris e os encamentos da cidade da luz. Tive que concordar com ela, pois acho Paris uma cidade fascinante mesmo. Nessa crônica, ela encorajava as pessoas a visitarem Paris... mas sem a companhia do amor de suas vidas ou da melhor amiga. Ir a Paris sozinha... Sozinha mesmo. Sozinha da Silva. E permitir-se passar um tempo lá sem dar satisfações a ninguém sobre seu paradeiro. Mas será que hoje isso é possível? I mean, viajar para algum lugar e simplesmente desaparecer para o mundo?

Bem, eu tive essa oportunidade quando era mais nova. Poupei dinheiro. Contei com a ajuda da minha família e sai para o mundo all by myself, interessada em conhecer pessoas e lugares novos, mas principalmente interessada em entender o que significava estar realmente 'sozinha'. E posso afirmar que foi uma experiência pra lá de enriquecedora. Não precisava dizer a ninguém onde eu estava, o que (ou se) havia comido, quais eram meus receios ou quem eram as pessoas com quem eu me relacionava. Essa experiência me conferiu uma fortalecida na minha auto-estima. Logicamente, eu ligava pra casa e escrevia cartas esporadicamente, relatando o que eu julgava necessário e tranquilizando minha mãe, mas eu estava sozinha da silva com meus pensamentos e emoções novas.

Semana passada resolvi fazer uma viagem a São Paulo (eu disse que a idade tinha me tornado mais comedida) assim, sem lenço e sem documento e sozinha da silva. É lógico que TODO MUNDO conhece pelo menos UMA PESSOA em São Paulo, e comigo não foi diferente. Apesar dos amigos e dos contatos que eu tinha lá, eu pude me dar ao prazer de estar sozinha por algumas ocasiões... Mas aí, eu contei com algo q não contava quando era mais jovem: a tecnologia com seus mil olhos. Será que hoje alguém consegue realmente tirar férias da família, do trabalho, dos amigos, da vida que conhece tão bem? Acho que isso era possível antes do Sype, do e-mail, do MSN. Hoje, quem sabe se você for para o meio da floresta Amazônica (tipo, excursionar pelo Rio Unini), você consiga desaparecer. E mesmo assim, ainda tenho minhas dúvidas!

É claro que fazer uso dessa tecnologia é uma opção. Você pode simplesmente passar direto pelos trezentos cyber cafés que encontrar pelo caminho (a não ser que esteja na floresta mesmo). Mas a sua família, seu namorado, amigos, a sua vida, todos sabem que você está tendo experiências incríveis e querem que você conte tudinho,com todos os detalhes. Fala sério! O que custa mandar um sinal de vida? Todos os dias, é claro. Um boletim pela manhã e outro no fim do dia. E assim se deu a minha última tentativa de ficar sozinha... Eu não consegui (e CONFESSO que não sei se era exatamente o que eu queria) sentir o prazer que um viajante sente ao estar temporariamente fora de alcance, sem nenhum tipo de rastreamento. Para os que ficam, é um alívio receber notícias daqueles que estão longe, mas esses que estão longe, têm o direito ao sumiço.

Como diz Martha Medeiros, "Quem não desfruta do privilégio de deixar uma saudade atrás de si e curtir o 'não ser' e 'não ser visto' perde uma das sensações mais excitantes da vida, que é se sentir um estrangeiro universal."

Tenho uma amiga em Paris até o fim de agosto. E um convite-mais-que-reforçado para visitá-la. Talvez com ela trabalhando o dia inteiro, eu consiga me sentir uma 'estrangeira universal sozinha da silva' na cidade da Luz... vamos ver, né???? Alguém quer me acompanhar??? Mas chegando lá, cada um para o seu lado, senão, como vamos ter a sensação de estarmos relamente SOZINHOS?????

terça-feira, 28 de julho de 2009

Foto-Grafia: Foi infinito... Enquanto durou!



Acho que a dor proveniente de qualquer tipo de separação, principalmente aquela da separação de duas pessoas que se amaram muito - pelo menos um dos lados achou que sim - e que acreditaram um dia na eternidade desse sentimento, é conhecida por todos. Esse tipo de separação nos leva a uma dor mais intensa, a famigerada dor-de-cotovelo, essa mesmo, que corrói milhares de corações todos os dias - principalmente aos domingos, quando quase nada nos distrai de nós mesmos -, e a maioria das lágrimas que escorrem é de saudade e de vontade de reviver os momentos felizes com a pessoa amada e as alegrias perdidas. Eu decidi - infelizmente não por livre e espontânea vontade - me separar da pessoa que acho que mais amei nessa vida. Aquele amor que acreditei como sendo eterno, que acho que nunca mais encontrarei igual, mas que no entanto, me fez mais mal do que bem. Acho que esse tipo de amor nos deixa além de cegos, meio retardados, porque eu não conseguia por mim mesma enxergar o mal que essa pessoa me estava me fazendo. Meus amigos mais próximos, sim. Eles me avisaram tantas vezes, mas eu não dei muita bola pra eles... azar o meu, pois se os tivesse ouvido, teria sido poupada da dor da perda e agido de forma menos dramática em relação a ruptura.

Depois de 5 anos de idas e vindas com essa pessoa, depois de tantos planos frustrados, tantas provas de amor e de desamor, depois de quase ter desistido de me casar por causa dela e de tê-la tido como um dos pivôs da minha separação, depois dos momentos maravilhosamente incríveis que passamos juntos e dos momentos dolorosos que ficamos separados, depois dos ciúmes fundados e infundados, acho que finalmente chegamos ao fim.

Não vou negar que toda separação é um angu, mas há maneiras e maneiras de se lidar com ela. Eu poderia aceitar a tristeza como algo inevitável, temporário e enriquecedor. Eu poderia fazer uma loucura em nome desse amor. Mas não sei porque, reagi de forma física... Nâuseas, vômitos, tontura... uma vontade imensa de sumir... Mas quer saber??? Não vou me comportar como se essa separação fosse um colapso de conseqüências trágicas, e sim uma volta a liberdade de sentimentos a qual eu já estava desacostumada.
E o que eu quero hoje é me apaixonar, cair 'head over heels in love', porque eu sei que ainda tenho muito a oferecer e compartilhar. E quero compartilhar esses sentimentos que achei que nunca mais daria a ninguém... e quero me sentir como um dia a achei que nunca mais me sentiria novamente... e sei que vou encontrar alguém que queira e que mereça receber isso. Enquanto isso, vou escrevendo... Mas as músicas do Luis Miguel nunca mais terão o mesmo sentido pra mim...



De Ju para ele – July 2009

“Só nós dois sabemos que não se trata de sucesso ou de fracasso. Só nós dois sabemos que o que se sente não se trata – e é bem em nome desse intratável que um dia nos fez estremecer que agora nos separamos. Para lá da dilaceração dos dias, dos livros, dos discos e filmes que nos coloriram a vida, encontramo-nos agora juntos na violência do sofrimento, na ausência um do outro como já não NOS LEMBRÁVAMOS DE TER ESTADO EM PRESENÇA. É uma forma de amor inviável, que, por isso mesmo, não tem fim.”

- Do livro Nas tuas mãos, de Inês Pedrosa –

Dele para Ju – September 2005

“Missing her...

Calm…

My heart feels a flutter, my breath feels still

the only plague I have;

I miss her so much it makes me feel ill

She could have been here in a week

I could have kissed her face

but now I can’t

and now there’s nothing in her place.

I have memories and hope

but they don’t fill my void

I love her but I feel… annoyed

I miss the taste of her lips

I miss her warm embrace

I miss her hands on my face

I long for her to be with me

Somewhere, some place

I would rather sleep with…”




'(...) És parte ainda do que me faz forte, pra ser honesto só um pouquinho infeliz...'


Honras: Ode a Nando!


Hoje estou inquieta... Tive pesadelos a noite, mas acordei e me deparei com um dia lindo... E continuo inquieta... A inquietude me faz querer a presença serena de alguém... e serenidade combina perfeitamente com você, Nando: meu modelo de cara centrado, zen, paz & amor, aquele que nunca impõe sua opinião a ninguém e que nem tenta te convencer de nada. Nada melhor que conversar e passar um tempo com alguém que tem sempre uma atitude positiva em relação a vida, que é super otimista, que sorri o tempo inteiro quando conversa com você e que fala seu nome durante essa conversa... Isso pra mim é essencial... Mostra que você existe pra pessoa com quem está conversando.

É Nando... acho que acordei com saudade da tua companhia. Já são 8 dias desde o nosso último encontro, quando celebramos o Dia do Amigo com duas garrafas de vinho. Eu, Porto. Você, Branco. Coisa engraçada esse lance de saudade, né???? A saudade não tem nada de banal. Ela compromete nossa vida às vezes de maneira serena, às vezes tumultuada. Mas eu gosto de sentir saudade. Essa saudade consentida. Pra mim, esse é um sentimento bem-vindo, pois confirma o valor de quem é ou foi importante pra nós, mas é ao mesmo tempo um sentimento incômodo, porque acusa ausência, e os ausentes sempre nos doem.

Em alguns casos é relativamente fácil acabar com o incômodo da saudade. Podemos pegar o telefone e ouvir a voz de quem nos faz falta. Podemos ir ao encontro dessa pessoa. Podemos escrever (na verdade, hoje em dia, é mais apropriado e prático mandar um e-mail) a ela. Podemos eliminar muitas saudades, enquanto outras vão surgindo. No seu caso, especificamente, resolvi escrever... Sei que dessa forma vou eliminar o sentimento incômodo da ausência e deixar espaço apenas para o valor que você tem pra mim!

Com ou sem óculos escuros. Com ou sem casaco cheio de bolsos de cineasta (ou seria de pescador?). Com ou sem boné. Com ou sem elixir da juventude. Mas definitivamente com o sorriso nos lábios e me chamando de Juliana (porque esse é meu nome, claro, mas gosto de querida também), a sua presença serena era o que eu queria hoje pra acalmar a pipoca que existe dentro de mim e que teima em ficar inquieta. Seja essa compania em Manaus, em São Paulo ou nos Estados Unidos, ela seria muito bem vinda!

Beijos MAIÚSCULOS, Nando. Saudades de você. Fica com Deus!!!!


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Honras: CHA



Eu sinceramente só tenho que agradecer por um dia ter chegado em casa trilili e ter começado a postar coisas aparentemente sem sentido... 'Você tomou chá de cogumelo???? ', alguém me perguntou... 'Estava vencido???' E de lá p cá, não passo um dia sem ter contato com esse grupo de pessoas incríveis. Agradeço a Deus imensamente por tê-los em minha vida hoje. Obrigada por compartilhar comigo o melhor e o pior de mim, meus cogumelenhos lindos... Amo todos vcs!!!!

Quem Somos, by Stela Mara

Nome científico: Cogumelus Hilarius AlegrenÇÇes.

Espécie de formação biofísica, apresentando-se em formas, cores e gêneros específicos de cada unidade, altamente viciante, podendo provocar reações extremas tais como gargalhadas, alegria grupal, desejo por calor humano, necessidade de aproximação entre as unidades, limitação de tempo para outras atividades. As unidades são extremamente autodivertidas, e durante quaisquer períodos de abstinência, haverá elevados níveis de tristeza e saudade.

Entidade protetora: SACS - Sociedade Alternativa dos Cogumelos Saltitantes.

Qualquer reclamação, reivindicação, obra de preservação, deverão ser formalizados, com formatação em conformidade com a normatização da ABNF - Associação Brasileira de Normas Fúngicas, e encaminhado para a SACS.

Preservem o amor!
Preservem a amizade!



COGUMELOS SALTITANTES

"Sempre gostei de maio.
Mês das mães e das noivas
E agora mês dos cogumelos.

Foi num dia de maio
Que conheci os primeiros
Um cogumelo do Sul
E dois do Rio de Janeiro.

Cogumelos saltitantes
Surgiam a cada amanhecer!
Vinham de todo lugar
Do Norte, Nordeste ,Centro-Oeste.
Até de Sampa não tardou a aparecer!

Confessando seus dissabores e contentamentos
Verdades e até mentiras contavam.
Saltitavam e se amavam os cogumelinhos
Dava gosto de ver!

O vínculo foi aumentando.
Qualquer um podia ver!
Viciaram-se uns nos outros,
Era de enlouquecer!

Papos inteligentes,
Cada vez mais frequentes,
Eleições
E até leilões.
Alguns foram eleitos,
Outros arrematados.
E acreditem!
Ficavam até encabulados!

Parece até brincadeira,
Mas amores assim existem,
E duram,
E alegram,
E encantam.
Amores de cogumelos,
Grande e louca aventura!"

(Kátia Martins)


Quer viajar? É, é dessa viagem mesmo que você acabou de pensar que estamos falando.
Por que não utilizar elementos da natureza para isso? Vamos lá!
Uma boa dica é preparar um chazinho de cogumelos. O preparo é bem simples e não leva muito tempo. Mas, o chá não deve ser preparado com qualquer cogumelo, pode-se utilizar os das espécies Psilocybe e Amanita. As substâncias psicoativas extraídas desses fungos alucinógenos garantem a sua viagem!

Cogumelos

Mas aí vem a grande pergunta. Como se faz chá de cogumelos?
Para sua satisfação, segue abaixo uma receita de chá de cogumelos:
Há pessoas que tomam o cogumelo com vinho, mas vinho é um luxo. No entanto, vamos pelo mais fácil, com água mesmo. O gosto não é lá muito agradável de qualquer maneira, mas o efeito é incomparável.
Ferva no mínimo 40 e no máximo 60 cogumelos por litro de vinho – ou água. Tome um copo americano que é o suficiente:
1 copo desses de requeijão. Vazio, evidente.
1 litro de água (ou vinho)
40 a 60 cogumelos frescos
Coloque tudo numa panela, cozinhe até ferver.
Só beba o líquido. Não vá se empolgar e comer o cogumelo.
Boa viagem!
Assista a vídeos do músico Ventania, que compôs sobre o tema chá de cogumelos:

fonte: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://caideboca.files.wordpress.com/2007/11/cogumelo_001.jpg&imgrefurl=http://caideboca.wordpress.com/2007/11/19/cha-de-cogumelos-viage-com-os-fungos/&usg=__xApXc8er5YkGNRUyndfjFcGN3ng=&h=375&w=375&sz=53&hl=pt-BR&start=8&um=1&tbnid=Ij1SwYtTat6QcM:&tbnh=122&tbnw=122&prev=/images%3Fq%3Dcogumelos%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG%26um%3D1

Foto-Grafia: Reflective Living





Depois de passar tanto tempo fazendo ‘reflective teaching’, resolvi fazer um pouco de ‘reflective living’... Não que eu não faça isso com freqüência, até o faço bastante, mas raramente verbalizo ou coloco minhas reflexões no papel (ultimamente menos ainda, já que estou comprometida a salvar as árvores) e as exponho para quem as quiser ver.

Após essa minha última viagem e todos os acontecimentos insólitos (o último post da Sue tbm me motivou a escrever) que aconteceram nela, as pessoas que conheci de forma inusitada e as que eu não conheci como deveria, as pessoas em quem eu pensei durante o tempo que estive fora, as pessoas que eu quis varrer da minha vida e da minha mente, as pessoas com quem eu gostaria de ter passado momentos juntos (de preferência de conchinha...rsrsrsrsrs) e aquelas que eu não fiz a menor questão de encontrar mais de uma vez, fizeram com que eu chegasse à conclusão de que minha vida é quase que puramente pautada nas minhas relações interpessoais, nas pessoas que dela participam ativamente (ou não) e nas diferentes mulheres que sou ao lidar com as situações diferentes, inusitadas, banais, extremas, ou lugar-comum. Eis aqui parte da reflexão.

Eu sei que com o tempo e a maturidade, nós deveríamos mais facilmente simplificar as coisas e a maneira como reagimos diante dos acontecimentos da vida. Eu bem que tento fazer isso, principalmente no que se diz respeito aos conselhos que geralmente me pedem. Tento ser uma mulher prática, objetiva e bem menos complexa do que sou realmente. Não sei bem o que escrever sobre mim, mas não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio conversa de salão de beleza, e apesar de me considerar vaidosa e querer ter uma vida saudável, não tenho saco nem motivação pra academia. Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita pra caralho usando um determinado acessório solamente porque é considerado o último ‘ícone fashion’.

Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina (e aí de mim se não tivesse seguido): depois que minhas primas chegaram a idade de brincar comigo (porque até então só brincava com o Juninho de ‘Comandos em Ação’), brinquei de boneca, tive medo do sequestrador do Opala preto e fiquei nervosa com o primeiro beijo. Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e gloss Victoria’s Secret, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu anti feminismo interno.

Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Em muitos aspectos – principalmente no que diz respeito a relacionamentos homem-mulher (também foi a Sue que me fez refletir sobre isso ao me comparar com o ex-namorado sacana dela) - penso como um homem, mas sinto como mulher. Sei que no fundo sou dramática, mas na verdade, não me considero vítima de nada, porque tenho plena e absoluta consciência das conseqüências dos meus atos. Sou teimosa, impulsiva, racional nos meus conselhos, emocional e visceral com as pessoas que gosto, mas também uma maravilha na cozinha. Mas peça para eu fazer qualquer serviço doméstico por obrigação e estrague meu dia. Vida doméstica obrigatória decididamente não é pra mim.


Às vezes tenho um cérebro masculino, como já disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem tradicional... Nesse ponto, adoro ser mulherzinha! Já meu coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de um convite especial pra jantar. Uma vez inclusive, comentei com um amigo (que me acha meio surtadinha) que até minha anatomia é louca, eu sou toda coração, e é esse coração que faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas idéias viris. Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.


Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou detalhista, perfeccionista, baladeira, sistemática no que diz respeito a trabalho, batalhadora, porém traída pela emoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua. São muitas mulheres numa só, e o pior – ou será melhor - alguns homens também. E quer saber o que mais??? Eu AMO ser assim!