segunda-feira, 27 de julho de 2009

Foto-Grafia: Reflective Living





Depois de passar tanto tempo fazendo ‘reflective teaching’, resolvi fazer um pouco de ‘reflective living’... Não que eu não faça isso com freqüência, até o faço bastante, mas raramente verbalizo ou coloco minhas reflexões no papel (ultimamente menos ainda, já que estou comprometida a salvar as árvores) e as exponho para quem as quiser ver.

Após essa minha última viagem e todos os acontecimentos insólitos (o último post da Sue tbm me motivou a escrever) que aconteceram nela, as pessoas que conheci de forma inusitada e as que eu não conheci como deveria, as pessoas em quem eu pensei durante o tempo que estive fora, as pessoas que eu quis varrer da minha vida e da minha mente, as pessoas com quem eu gostaria de ter passado momentos juntos (de preferência de conchinha...rsrsrsrsrs) e aquelas que eu não fiz a menor questão de encontrar mais de uma vez, fizeram com que eu chegasse à conclusão de que minha vida é quase que puramente pautada nas minhas relações interpessoais, nas pessoas que dela participam ativamente (ou não) e nas diferentes mulheres que sou ao lidar com as situações diferentes, inusitadas, banais, extremas, ou lugar-comum. Eis aqui parte da reflexão.

Eu sei que com o tempo e a maturidade, nós deveríamos mais facilmente simplificar as coisas e a maneira como reagimos diante dos acontecimentos da vida. Eu bem que tento fazer isso, principalmente no que se diz respeito aos conselhos que geralmente me pedem. Tento ser uma mulher prática, objetiva e bem menos complexa do que sou realmente. Não sei bem o que escrever sobre mim, mas não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio conversa de salão de beleza, e apesar de me considerar vaidosa e querer ter uma vida saudável, não tenho saco nem motivação pra academia. Tenho vontade de cometer haraquiri quando me convidam para um chá de fraldas e me sinto esquisita pra caralho usando um determinado acessório solamente porque é considerado o último ‘ícone fashion’.

Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina (e aí de mim se não tivesse seguido): depois que minhas primas chegaram a idade de brincar comigo (porque até então só brincava com o Juninho de ‘Comandos em Ação’), brinquei de boneca, tive medo do sequestrador do Opala preto e fiquei nervosa com o primeiro beijo. Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e gloss Victoria’s Secret, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu anti feminismo interno.

Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Em muitos aspectos – principalmente no que diz respeito a relacionamentos homem-mulher (também foi a Sue que me fez refletir sobre isso ao me comparar com o ex-namorado sacana dela) - penso como um homem, mas sinto como mulher. Sei que no fundo sou dramática, mas na verdade, não me considero vítima de nada, porque tenho plena e absoluta consciência das conseqüências dos meus atos. Sou teimosa, impulsiva, racional nos meus conselhos, emocional e visceral com as pessoas que gosto, mas também uma maravilha na cozinha. Mas peça para eu fazer qualquer serviço doméstico por obrigação e estrague meu dia. Vida doméstica obrigatória decididamente não é pra mim.


Às vezes tenho um cérebro masculino, como já disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem tradicional... Nesse ponto, adoro ser mulherzinha! Já meu coração sempre foi gelatinoso, me deixa com as pernas frouxas diante de um convite especial pra jantar. Uma vez inclusive, comentei com um amigo (que me acha meio surtadinha) que até minha anatomia é louca, eu sou toda coração, e é esse coração que faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas idéias viris. Afino a voz, uso cinta-liga, faço strip-tease. Basta me segurar pela nuca e eu derreto, viro pão com manteiga, sirva-se.


Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou detalhista, perfeccionista, baladeira, sistemática no que diz respeito a trabalho, batalhadora, porém traída pela emoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua. São muitas mulheres numa só, e o pior – ou será melhor - alguns homens também. E quer saber o que mais??? Eu AMO ser assim!

5 comentários:

  1. ...acho que tem muito do que você quer e tem tentado ser. Mas o mais importante é que tendo dito, já é.
    As 1000 mulheres que você quer ser.
    As muitas mulheres que você foi, é e ainda vai ser. Porque gente inteligente é assim, mantem a essência mas não se prende a um EU imutável. É mesmo melhor ser uma metamorfose ambulante do que um gesso em pernas feridas, do que manter aquela velha opinião formada sobre tudo.

    Come as you are, as friend as you want to be!

    Amo-te sem frescuras
    Amo-te como quem ama queijo suíço e rapadura.
    Simplesmente amo-te!

    ResponderExcluir
  2. Nossa Sue, q profundo!!!!! Mas eu sei q o maor o é... e acredito nele.

    Obrigada pelo incentivo, pelas palavras amigas, por estar ao meu lado nos bons e maus momentos... Amizade verdadeira e desinteressada é assim.

    Amo-te tbm!!! E amo esse post infinitamente...Rsrsrssr

    ResponderExcluir
  3. É, mana, foi pro fundo mesmo. :-)
    bjssssss

    ResponderExcluir
  4. E tem maneira melhor de descrever as 1001 mulheres q há em vc do q oferecer-te Gerânio???

    Não consegui ler o primeiro post... pq as letras estão em símbolos????

    Beijo grande, minha linda!!!

    ResponderExcluir
  5. Jujuba,leio seus textos e me vejo em parte deles, acho que sou uma "Ju Roitman-mirim", e diga-se ainda: do interior do mundo, o que faz eu conter algumas tendências que se eu liberasse me fariam ainda mais Roitman...Mas se eu fizer isso o povo aqui vai falar demais ¬¬ hehehehe!!
    Ps:Adorei o jeito que vc escreve, quando redigir um livro, me coloca na dedicatória?Hum?
    Beijo! Amo você

    ResponderExcluir

Obrigada pela confissão! Volte sempre! Juliana Fernandes