sábado, 2 de janeiro de 2010

Bate-Bola: A relatividade do amor


Esse não é um diálogo totalmente verossímil, mas, de uma forma divertida e autêntica ele ilustra bem alguns momentos de minhas longas conversas com alguém que considero um grande amigo (aqui, representado por ‘Einstein’ por sua praticidade e diálogo sempre ‘relativamente’ técnico)... Sempre tão otimista, sempre tão prático e questionador. Ele me faz pensar e repensar muitas de minhas decisões e atitudes. Com seu jeito tranqüilo e sem nunca me julgar, ele me ajuda a caminhar... sempre em frente. Então hoje, no primeiro dia do ano, faço minhas suas palavras: Obrigada pela presença iluminada na minha vida durante o ano de 2009. Sem dúvida alguma, essa presença me tornou um ser humano melhor!


Einstein: O que é preciso para que você ame alguém?


Juliana: Que esse alguém, dentre tantos, carregue em si algo inexplicavelmente valoroso pra mim...


Einstein: E tem algo que seja mais inexplicavelmente valoroso que o amor?


Juliana: Não... Acredito que não...


Einstein: Logo, concluo que para amar é preciso ser amado.


Juliana: Mas e quem ama e não sabe se é amado...?


Einstein: Este, que ama sem saber se é correspondido, ama uma expectativa, uma idéia, uma esperança. Que deve se concretizar ou desfazer assim que ele souber se é ou não amado.


Juliana: Sendo assim, só se ama quando se é amado, o amor deveria despertar ao mesmo tempo nas duas pessoas...


Einstein: Exato, minha cara...


Juliana: Mas...como se explica, então, a dor do amor não correspondido...?


Einstein: Não há amor não correspondido. Ama-se se, e somente se, for amado. Pensei ter deixado isso claro. Ora, se a pessoa não te ama, não tem consigo aquele algo inexplicavelmente valoroso que desperta seu amor por ela. Logo você não a ama. Logo não sofre de amor.


Juliana: Mas, o que vejo...


Einstein: O que você vê são pessoas sofrendo... mas, segundo a conclusão que chegamos juntos, de amor não poderia ser.


Juliana: De que seria então...?


Einstein: Há tanto pra se sofrer... Mas, recorramos aos conceitos: Desejar alguém que não te ama... que não tem o algo inexplicavelmente valoroso... um desejo movido por um motivo menor... injustificado... Isso é capricho.


Juliana: ...


Einstein: Alguém que não te ama ou ama a outro... Um amor que não te pertence... Querer esse amor que não é seu; desejar, veemente, possuí-lo... Isso é cobiça.


Juliana: ...


Einstein: Que seja só um capricho, ou cobiça... Ainda assim, teima como idéia fixa... Involuntária, aflitiva... Toma seus pensamentos de forma impertinente e persistente... Isso é obsessão. Enfim, nada de amor...


Juliana: Não é muita dor pra coisas tão menores...?!


Einstein: O ser humano é que se acha nobre demais, concluindo que, tamanha dor, só pode ser de amor. Como se a humanidade já não tivesse andado um bocado, movida por causas mais ordinárias ou doentias... Inocentemos o amor de todo esse suplício... Pois todo amor, quando é amor, é correspondido!


Juliana: Eu desconfiaria de álibis tão perfeitos...


Einstein: Bem, é uma teoria... Na prática, é sempre mais complicado e prolífico...E quando se trata dessas coisas que diz respeito ao outro... Ah! É tudo tão insuportavelmente relativo...

7 comentários:

  1. Juuuuuuu!!!! Que coisa linda esse novo post. Tema complexo esse que nos persegue a vida inteira, hein???

    Mas não sei se concordo 100% com a teoria do seu amigo Einstein (concorso somente que sinto um ciuminho dele pq pelo teor da conversa, vcs devem ser muito amigos e conversar muito... talvez ele encontre outra definição p isso q chamo de 'ciuminho' rsrsrs) sobre a definição do amor. Gostaria de ter participadao desse bate bola. Sabe o q eu acho? Eu acho q o amor se torna complexo por ser simples demais. A gente vive sempre procurando complicar as coisas, buscando coisas q não são pra nós... Muitas vezes, sofremos e ainda colocamos a culpa no pobre do amor! O amor nada tem a ver com sofrimento. Nós sofremos pq tomamos decisoes e as vezes fazemos escolhas erradas.

    Mas, bola pra frente. A gente certamente vai encontrar alguém que seja a escolha certa.

    Beijo enorme pra vc, minha blogueira favorita!

    Ricardo

    Obs. Valeu o email. Bom escrever diretamente p vc. Mas e o seu telefone???? Rsrsrsrs

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  2. Dona Ju,

    Adorei esse post. Gosto de racionalizar as coisas, e com o amor nao poderia ser diferente.
    Como sempre, é um prazer visitar-te e saber o q passa na cabecinha dessa linda 'abelhinha', e tbm o que se passa no coração dela.

    Que 2010 seja super produtivo p vc e que vc continue nos presenteando com seus textos.

    beijos

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  3. Querida Julinha,

    Amar nada mais é que comungar com o outro e descobrir nele a centelha de Deus!
    Que saudade de ti, minha pretinha linda... qdo voltas a Sampa??? Um dia desses, tava na casa da mamãe e achei uma caixa cheia de fotos, cartas e ingressos de shows (!) nossos. Lembra q a gente colecionava até papéis de bala? E a nossa aventura no Fecani??? Hahahahah... saudades desse tempo descompromissado!

    Beijos em todos aí!

    Nat

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  4. Hahahaha.

    Tenho que tomar cuidado com as nossas conversas, né mocinha??? Tudo q eu disser pode ser usado conta mim! Ou a favor, who knows?

    Ficou legal o nosso bate-bola... Compilação mais que verossímel, unless, as partes em q vc ficou speechless, q não aconteceram de fato!

    Bjs do Jovem Einstein

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  5. Juju, saudade de suas postagens!!!!!!

    Adoreiiiiiii!!!!!!!

    Grande beijo amiga

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  6. Ola, achei o teu blog nessas minhas andanças pela net noite a fora e li tudo, adorei de verdade,esse diálogo com seu amigo Einstein deve ter ajudado em algo, espero.

    Vou te seguir, beijooO

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  7. Juuuuuu!!! Cadê vc??? Eu vim aqui só p te ver!!!!

    Beijus

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Obrigada pela confissão! Volte sempre! Juliana Fernandes