terça-feira, 22 de setembro de 2009

Foto-Grafia: Suspiros...


Estou passando por uma montanha russa de emoções e sentimentos. Todos muito contraditórios, controversos e que me fazem pensar na minha vida, nos meus atos, no que eu quero e me fazem por vezes ficar sem dormir.

Nunca estive numa situação parecida com a que me encontro agora. Querendo não querer. Sabendo que não deveria querer. Ciente de todo sofrimento que esse querer pode (ou não) me trazer. Simplesmente pelo fato de que não consigo pensar em longo prazo. O que está acontecendo agora é maravilhoso e tem tendência a ficar melhor com o tempo. Por que eu não consigo pensar que isso é perigoso demais e que não vai ser bom pra mim? Simples: Porque sou uma mulher. E como mulheres não têm um pinto, elas pensam com o coração!

O que eu queria querer na verdade era ter um cérebro Watson que dominasse meu coração. A razão do meu querer me disse que talvez fossemos mais felizes se não pensássemos tanto. Tendo a concordar. Mas o que fazer quando sua anatomia é louca e você é só coração?

Essa montanha-russa de emoções me fez triste e solitária ontem. Mas hoje estou alegre e de bem com a vida, achando o dia lindo e com um pensamento otimista de que eu vou conseguir controlar o que estou sentindo. Vamos dando risada porque a vida nos chama e não dá pra parar para chorar!

Ontem depois de meia garrafa do meu fiel companheiro de momentos bons e ruins (Salve Adriano Ramos Pinto!) e de ouvir 234 vezes o novo CD da Ana Carolina (Nove) e de muito refletir, cheguei à conclusão de que – quem estiver lendo e conseguir entender, por favor, me explique, porque eu concluí... Mas não entendi! – que eu não quero o que eu quero. E eu quero o que eu não quero. É... A Julinha é meio dodói...

Hoje conversamos sobre músicas que fazem sentido e ele comentou que tem buscado músicas que façam sentido pra ele, mas não as encontra... Nossa! Eu consigo ver sentido em tudo. Acho que porque muito do que vivo me faz pensar nele. Ele é aquele homem escondido nas letras de várias canções. E daqui de onde estou, consigo visualizar o homem que ele é e o homem que ele quer ser! Kahlil Gibran já dizia que há coisas que só podem ser vistas à distância. Mas já que eu não consigo dizer, só me resta escrever cartas com o olhar.

O que eu queria querer era conseguir me esconder pra não ter que ouvi-lo dizer coisas que eu não quero ouvir. Escolher entre ele e eu. Mas o problema é que escolhi o pior lugar pra me esconder: me tranquei por dentro dele e não sei mais sair. Pela rua penso em nele. Volto em casa, penso nele. No trabalho sem querer, quando vejo, tô pensando nele! E assim, a única conclusão a que chego é que eu nunca sei enganar meu coração. Por isso escrevo essas frases soltas pelo chão, esperando ele dormir pra poder jurar minha paixão.


Much Ado About Nothing Act 2, scene 3, 62–69 - Será????

Música que faz sentido: CD 'Nove' de Ana Carolina

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tenho dito: Domigo Produtivo & SAPATOS!!!!


Meu domingo foi super-hiper-mega produtivo. Fato insólito, afinal depois de uma semana árdua de trabalho e um sábado à noite geralmente 'out', eu prefiro pssar o domingo me recuperando. Nada a produzir... Nem o ócio criativo se manifesta em mim aos domingos.

Bom, a semana foi árdua. Escureci o cabelo. Tive crises de humor e de choro. Senti falta de pessoas, fiquei chateada com algumas, quis matar outras, mas tive alegrias e paz provenientes de outras mais. O sábado foi agitado. Trabalho durante o dia, o último capítulo da novela, dúvidas sobre para onde ir, e decidindo ir para casa (leia-se BOTEQUIM) com Mauro, Thiago, Sonia, Marta, Fabien & Alessandro - e sentir falta dos amigos habituais: Summer, Álvaro, Thiago, Afonso, Naila, Júnior e o Coala lógico, que eu achava que iria aparecer a qualquer momento e tornar minha noite mais feliz. Não rolou.

Anyway... chegou o domingo. Saí da cama tarde, café da manhã no Tapiri com Sonia e Marta. Chuva o dia inteiro. Trabalho na fazenda. Conversa com quem me interessa. Móveis fora de lugar há coisa de duas semanas...

Vamos aos móveis: Comprei o sonho de consumo de muitas mulheres - Duas sapateiras em Imbuía, alumínio escovado e portas de vidro para 60 pares de sapato cada. Tô longe de ter 120 pares (mas já passei da metade - hehehe), mas sentia falta de um lugar para acomodar meus filhotes (apesar de antes eles morarem em caixinhas brancas, individuais e etiquetadas - TOC) e admirá-los. Acho que 8 entre 10 mulheres têm essa paixão por sapatos. A Stelinha (que compartilha da minha paixao), sabia do meu drama e compadecia-se dele.

Os móveis (plural porque também há as duas cômodas no mesmo estilo mas que não sou protagonistas desse post) foram montados no quarto errado... Droga!!! Como fazer com duas sapateiras gigantes, que não passavam na porta e com meus sapatos espalhados, já despejados de suas casas anteriores com a promessa de melhoria de vida??? Ai, que falta me faz um homem em casa...

Eis que surge uma visita inesperada: Marcos e Gi. Bem, além do Marcos ser uma das pessoas mais solícitas que conheço, ele é também engenheiro e eu não sei porque, mas sempre achei que engenheiros são bons problem solvers. Quando ele viu o meu pesar, decidiu me ajudar a mudar os móveis de quarto sem desmontá-los. Depois de quase três horas, afasta daqui, arrasta daqui esforço hérculeo dele, meu e da Gi, conseguimos organizar as coisas.

Depois que eles sairam, comecei a transferência dos sapatos e das bolsas... Mais duas horas contando com a parte da limpeza. Mas o resultado foi extremamente gratificante. É lindo poder dormir olhando para meus filhos arrumadinhos e felizes... Alguns podem achar isso muito fútil, mas eu também tenho direito a prazeres de DIVA, afinal, nasci mulher... Essa é minha prerrogativa.

Cansaço. Satisfação. Pernas doídas. Sorriso no rosto e o pensamento nele embalaram meus sonhos!