Depois de um longo e escaldante verão, estou de volta... Infelizmente, não como a pessoa mais feliz do mundo, e nem com maravilhas pra contar, mas sendo fiel à minha natureza. Há pouco tempo, li um post sobre a essência da natureza humana no blog do Edu. Nesse post, ele descrevia a natureza dele: entregar-se às paixões e, se necessário, sofrer por elas, mas vivê-las intensamente. Identificação imediata! Bingo!
Mas o que fazer quando estamos passando justamente pela fase do sofrimento por uma paixão? O que fazer quando a razão subjugou a natureza e decidiu que pelo menos dessa vez, não deveria haver um sofrimento mais profundo quando a paixão se torrnasse incontrolável e não fosse mais possível vivê-las por conta de fatores alheios à minha vontade? Porque especificamente nesse caso, a paixão não acabou... Eu só resolvi contrariar minha essência e ‘tirar meu time de campo’ antes que ela me dominasse por completo.
O que fazer nesse momento? A única coisa que consigo pensar é curtir a fossa – que vai acontecer, lógico, mas que um dia vai passar – ouvindo muita música brega. Porque, minha gente, para momentos como esse, nada melhor que ouvir John Denver, Wando, Kleiton&Kledir, Almir, Ana Carolina, Johnny Rivers e coisas do gênero. Devo CONFESSAR que aprecio todos eles. Alguns não conheço muito, mas gosto do pouco que conheço.
Juntamos isso a um vinho, àquela vontade de não sair de casa e pensar em se giletar (!) – “Não quero ficar na sua vida, como uma paixão mal resolvida, dessas que a gente tem ciúmes, que se encharca de perfume, faz que tenta se matar...” (Kleiton&Kledir)- e muitas sessões de filminhos água-com-açúcar pra chorar até não poder mais...
Muito bem, tia Julinha... Como você é sábia! Mas me explica uma coisa: depois disso tudo, eu terei que ir pra cama, e quando esse momento chegar, o que eu vou dizer para o meu corpo? É, porque ontem, na despedida, falamos sobre necessidades físicas e psicológicas. Eu disse que suprir meu psicológico era até mais importante que suprir meu físico. Afirmei isso toda dona da verdade como às vezes me julgo ser. Mas será que é assim que as coisas funcionam no caso de uma paixão avassaladora? Acho que nesse caso específico, eu posso até convencer minha cabeça, mas o que eu digo para o meu corpo?
Razões eu tenho demais pra deixá-lo partir pra sempre, mas não consigo, então encontrei o que talvez seja a melhor solução: fugir! Mas não há nada mais difícil do que fugir de uma paixão. Talvez até consiga me enganar, mas como enganar meu coração? Ele é bobo, mas não é burro!
Razões eu tenho demais pra deixá-lo partir pra sempre, mas só a sensação de perder aquele a quem eu nunca tive e nunca terei, nesse momento me apavora. Mas eu sei que isso vai passar, e quem sabe eu possa me recuperar tentando um outro amor no lugar dele... mas novamente: O que é que eu vou fazer? O que é que eu vou dizer para o meu corpo? Que está se sentindo vazio e quase morto pois tornou-se tão dependente dele?
Razão, razões, emoção, corpo, eu, ele, o nós que não houve e nem haverá, fossa, paixão... Vou curtir isso tudo no meu tempo... e sei que isso tudo vai passar e que eu vou ficar bem, mas enquanto isso, dá-lhe Wando!