segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Music Time: (I've got you) Under my skin


Você já sentiu antes a sensação de ter alguém sob a sua pele? Aquela sensação de que a pessoa te impregna, te inebria, que deixou a sua marca em você e por mais que você se esforce, tome banho, esfregue bem, ela não sai de lá?

Sabe como é sensação de pensar em alguém até mesmo quando você quer esquecer a pessoa? Parece até que a presença, o espírito, o cheiro, o gosto dessa pessoa ficou tatuado na sua mente, no seu corpo, no seu coração e... Na sua pele.

Meu amigo Frank (o Sinatra, lembra) conhecia muito bem essa sensação quando gravou a música (I’ve got you) Under my skin. O Bono também. E hoje eu sei exatamente o que é ter uma pessoa sob a sua pele.



"I’ve got you under my skin
I’ve got you deep in the heart of me
So deep in my heart, that you’re really a part of me
I’ve got you under my skin

I’VE TRIED NOT TO GIVE IN
I’VE SAID TO MYSELF THIS AFFAIR NEVER WILL GO SO WELL

But why should I try to resist, when baby will I know damn well
That I’ve got you under my skin

I’d sacrifice anything come what might
For the sake of having you near
IN SPITE OF A WARNING VOICE THAT COMES IN THE NIGHT

AND REPEATS AND SHOUTS IN MY EAR:

DON’T YOU KNOW, YOU FOOL, YOU NEVER CAN WIN

USE YOUR MENTALITY, WAKE UP TO REALITY

BUT EACH TIME I DO, JUST THE THOUGHT OF YOU MAKES ME STOP BEFORE I BEGIN
‘Cause I’ve got you under my skin

And I love you under my skin…"

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Movie Club: Watchmen


Who will save us now?


Desde criança sou fascinada por heróis de histórias em quadrinhos. Mas eu gosto mesmo daqueles que não fazem o gênero perfeitinho. Gosto dos heróis mais reais, que sofrem angústias, que têm problemas com a consciência, com dúvidas na hora na escolha e que nem sempre conseguem claramente distinguir o certo do errado.



Meu maior sonho de infância era ser ninja. Quando perguntavam aos meus primos e coleguinhas de escola o que eles queriam ser quando crescessem, havia sempre um médico, um advogado, uma bailarina, um lixeiro, uma aeromoça, um veterinário... Quando a pergunta era direcionada a mim, eu nem pestanejava: NINJA! Eu quero ser ninja quando crescer!


Nunca quis ser a Mulher Maravilha (apesar de hoje sê-la), nem a Bat-girl, nem a She-Ha. Minhas heroínas de infância eram a ninja Elektra Natchios – cujo nome dei à minha Barbie – e Bêlit - também tive uma Barbie com esse nome - a pirata de Conan, o bárbaro. Eram elas que me povoavam a imaginação, que me faziam delirar com suas aventuras e eram os modelos de tudo que eu queria ser quando crescesse: com as qualidades e os defeitos!


Acho que desde essa época comecei a ler histórias em quadrinhos e graphic novels da Marvel e DC Comics. Conseqüentemente, sou presente cativa em todos os filmes baseados em quadrinhos e em graphic novels e hoje resolvi escrever sobre um filme em especial: Watchmen, cujo filme é a transcrição quase perfeita dos quadrinhos originais para as telas. Ainda não tinha visto algo parecido como o trabalho realizado aqui por Zac Snyder (300), portanto, esqueçam a palavra ‘adaptação’ e pensem em ‘transcrição’.


Apesar de ter um elenco onde eu não conhecia a maioria dos atores, mas que conseguiu me cativar a satisfazer a minha imaginação. Mesmo os atores não sendo muito populares entre a grande massa, a despeito de algumas críticas, eu achei as interpretações no mínimo, muito boas. A trilha sonora é fantástica, com The Sound of Silence (música belíssima); The Times They Are A-changin’, de Bob Dylan; All Along the Watchtower, de Jimi Hendrix; e Hallelujah de Leonard Cohen foram escolhas incríveis! Mas minha intenção não é dissertar sobre a produção ou a parte técnica do filme (que a mim, pareceu perfeita) e sim sobre a mensagem que ele passa. Como já disse acima, heróis muito certinhos não fazem meu gênero, e o ápice do filme para mim é sua brilhante desconstrução da mitologia dos super-heróis, apresentando-os não necessariamente como protetores da paz e do bem-estar da humanidade, mas como seres até certo ponto egoístas, com seus próprios motivos e razões para desempenharem tal papel.


Esse filme já foi apresentado no Movie Club (Clube de Cinema que acontece no ICBEU), foi um dos temas para um dos meus Coffee Talks (Aulas de conversação abertas à comunidade) e ontem resolvi assisti-lo novamente e assim como a primeira vez, tudo que consegui pensar quando o filme terminou foi: Uau!!! Do caráááiiii véééiiii!!!!


Eu não sei quanto a vocês, mas eu ainda preciso de heróis na min

ha vida! Eu preciso da fantasia de que há alguém que pode nos salvar em caso de holocaustos, guerras nucleares e tragédias afins.


O filme tem algo que vai além da fantasia e da ação. É uma boa

maneira de refletir sobre como nossa visão anda desiludida em relação ao mundo e à natureza humana. Essas reflexões, vindas em grande parte das divagações de Manhattan e do ódio de Rorschach, são inseridas de forma orgânica à trama. Ao mesmo tempo, o final abraça um toque de esperança, ainda que esta venha de uma bem-vinda reflexão que leva à derradeira questão: os fins justificam os meios? Essa foi uma das questões que eu abordei na aula de conversação pra estimular o pensamento

crítico dos alunos. Será que os fins realmente justificam os meios? Bem, assim como o Dr. Manhattan, eu acho que não. Porque não acredito em fins. Só em meios. Eu sei que isso pode gerar uma certa divergência entre os leitores. São tantos, com as mais diversas maneiras de pensar e opinar, que fica absolutamente impossível almejar uma unanimidade. O mesmo post pode provocar uma gama de contradições: uns vão te amar, outros te tolerar, alguns te odiar e outros vão te esculachar. Nesse caso, alguns vão dizer que o filme não é tão bom e que eu estou completamente equivocada ao pensar assim. Outros, vão compartilhar da minha opinião. Mas isso é bom. Sem divergências, nada evolui – nem o pensamento, nem o país!



P.S.: Vale a pena destacar o coadjuvante – mas muito presente – pênis azul do Dr. Manhattan. Gostaria de saber se eu fui a única a imaginá-lo quando o tal doutor assumia a sua forma gigante... :-)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Honras: Martha MARAVILHOSA Medeiros


O que falar de Martha Medeiros?

Bem, hoje posso dizer que são Khalil Gibran, Marian Keyes e Martha (Maravilhosa) Medeiros que me apontam a direção na minha estrada de vida. Depois dos meus amigos, é pra eles que corro quando preciso de conselhos ou entender algo. E eles, com muita boa vontade me acolhem e me indicam o caminho.

Conheci a Martha através de Marcelo Pires & Letícia Wierzchowski, aliás, foi ela quem apresentou os dois (literariamente falando) e deu início a um caso de amor insólito que resultou em casamento. Esse fato isolado já seria o suficiente para eu - como romântica incorrigível que sou - ser fã dela. Mas a partir disso que busquei conhecer seu trabalho e de lá pra cá, virei uma Marthaholic.

Adoro seus poemas, romances, mas principalmente suas crônicas. Elas me tocam o coração, me fazem refletir sobre a vida, me fazem querer ser uma pessoa melhor. Acho que ninguém entende melhor do que a Martha minhas neuroses, minhas alegrias, minhas desilusões, meus dramas, minhas conquistas, minhas frustações, meus prazeres... enfim, meu cotidiano . Inúmeras vezes após ler uma de suas crônicas, penso: 'Nossa! Essa crônica foi feita pra mim!" Eu consigo me visualizar como protagonista da maioria delas.

Hoje, além de todo prazer literário que Martha me proporciona, quero aproveitar para agradecer a oportunidade de ter conhecido - através dela também - pessoas maravilhosas e que hoje fazem parte da minha vida e têm um cantinho especial no meu coração. Algumas delas também são escritores incríveis, mas que escrevem de forma mais informal, em blogs assim como eu. São eles: Eduardo Caldeira (de quem sou fã incodicional. Adoro o estilo dele e os tópicos sobre os quais ele escreve - Pensamento em Gotas); Juliana Fuzetto (além de linda, de ter um nome lindo, possui uma sensibilidade incrível ao escrever poemas - Um lugar ao sol, perto do vento), Letícia Corrêa (com um blog também MARA - Filosofia de Botequim); Paulinho, Iracema, Karen, Edna, Marcos, Paulo César, Tamara, Mônica, Dri, Lu, Ana Paula - todas essas pessoas partilham comigo a admiração pela Martha. Admiração essa que nos aproximou e faz de nós hoje uma pequena família.

Agora, me diz se você não concorda comigo: ela pode ou não ser chamada de Martha MARAVILHOSA Medeiros?





sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Diário de Bordo: Alter do Chão - Um pedaço do paraíso!

Há muitos lugares lindos que já visitei. Uns guardo na memória com muito carinho. Outros, não vejo a hora de voltar lá. Acho que sou do mundo. A idéia de vida perfeita pra mim seria viajar e conhecer todos os lugares dos quais ouvi falar, que li em livros e vi em filmes. Junte a isso uma ótima companhia e pé na estrada.

No último feriado resolvi conhecer Alter do Chão. Uma ilha no estado do Pará, que recentemente recebeu a ilustre visita do princípe Charles e de sua Camilla. E também foi eleita como uma das praias de rio mais lindas do planeta.

Realmente, o lugar é fabuloso! Saindo de Manaus, 55 minutos de vôo até (ainda vou me acostumar a escrever 'voo') Santarém e depois 45 minutos de carro até a ilha. Que vergonha admitir que há um lugar tão lindo, praticamente ao meu lado e eu demorei tanto pra conhecer.

Fui com minha amiga Sonia Prego, que é a portuguesa mais gira e fixe que eu conheço, além de ser uma ótima companheira de viagem: divertida, super alto-astral, nem um pouco fresca e aventureira. Melhor que isso, só o Coala, né????

Chegamos lá às 6:30 da manhã, tomamos café, descansamos um pouco e fomos à praia. As opções de praia são inúmeras, mas como estávamos em retiro espiritual, resolvemos ficar em praias mais isoladas, sem muita agitação e quase desertas, onde poderiamos descansar da nossa intensa rotina de trabalho.


O hotel em que nos hospedamos (Belo Alter), além de lindo, com uma atmosfera bucólica, conta com um serviço excepcional. Louros devidos ao Cleber, nosso garçom favorito que todos os dias preparava nosso kit praia: cerpinhas (lógicooooooo - adooooooroooo), porções de frutas tropicais, água e muitos tomates e depois se encarregava de nos arranjar um condutor para as praias. O hotel tem uma praia particular, mas sempre contávamos com a ajuda de um catraeiro (nome dado aos condutores de barco) para irmos às praias de nossa preferência.

Passávamos o dia inteiro naquela vidinha mais ou menos: sol, praia, comida, bebida, boa conversa, risadas, água doce com ondas, peixinhos à vista e um visual de se apaixonar. É simplesmente imposível não ser feliz num lugar assim.

No fim da tarde voltávamos ao hotel, ficavámos um tempo na piscina com suco de laranja e misto quente (de vez em quando checando nossos respectivos facebooks via mobile) e depois iámos p o quarto tomar uma ducha e sair pra jantar.

Jantávamos quase sempre na vila - salvo uma vez que decidimos jantar no hotel - onde encontramos um restaurante caseiro e super simpático. Depois da primeira noite, comíamos sempre a mesma coisa: pirarucu com molho de camarão, salada de tomates e suco de frutas. E nossa conta nunca ultrapassou R$ 30,00. Depois, saíamos para um passeio a pé pela vila pra fazer a digestão e depois voltávamos ao hotel.

Essa foi a nossa rotina diária. Só não mencionei os momentos de prazer que tive ao receber as mensagens de um certo Coala que eu gostaria que estivesse ali, fisicamente comigo, mas cuja presença não me saia da mente um só momento. De alguma forma, ele também foi meu companheiro de viagem e quem sabe um dia nós não voltamos lá juntos??? O ambiente seria perfeito.

Registro também a falta das minhas amigas Luluzinhas que por motivos diferentes não puderam ir conosco: Sue, Mércia, Marta, Stela e meu querido BFF Duanes. Maybe next time!

Bom, se vocês tiverem a oportunidade de conhecer, garanto que vale a pena. Eu já estou me agendando para a próxima vez!